quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma Dama da Sociedade?

Barto ficara bastante irritado, não conseguia aceitar o fato de seu filho se envolver com uma órfã da fundação. Então, decidiu acabar logo com isso para não manchar a imagem da família, fazendo algo para separar o casal.
- Pai, nunca imaginei que fizesse uma festa para mim assim e ainda aceitar o meu relacionamento com a Mar! Obrigado! – disse Thiago.
- De nada, meu filho. – disse Barto. – Você ainda vai me agradecer pelo que eu ainda vou fazer...
- E a Malvina? Não vem? – disse Mar.
- Acho que não, ela ainda está de repouso daquele gravíssimo acidente... – disse Barto.
- Ah, que pena. Deve estar muito mal...
- Sim, querida.
Tefi apareceu com um pedaço de bolo num prato, subindo a escada.
- Aonde vai com esse bolo, Tefi? – perguntou Mar.
- Levar para a Malvina, por quê?
- Nada, é que você agora inventou de se preocupar com a Malvina...
- E daí? Ela está muito mal! Não posso ajudá-la? – ela disse, irritada.
- Claro que pode. Não se irrite...
- Será que eu não posso resolver ajudar alguém que logo todos ficam questionando? Eu, hein!
- Acalme-se, Tefi! Foi só uma pergunta...
Tefi subiu as escadas bastante irritada, e levou um bolo para Malvina. As duas conversaram e Malvina lhe contou tudo sobre o pedido de casamento.
Na festa, Barto seguia com mais um de seus planos. Ele pretendia afastar Mar de Thiago e assim conseguir que seu filho voltasse para a mansão e se tornasse como o pai. Então, armou algo para que Thiago sentisse vergonha de namorar alguém como Mar. O primeiro ataque foi em um jantar chique com vários convidados ricos de Barto. Dos órfãos, somente Mar foi convidada, acompanhada de Thiago, é claro. Os outros órfãos ficaram no salão. Céu, ao servir os pratos, até se atrapalhou com tantos cuidados que deveria ter com as comidas caras. Mar, ao ver o que teria de comer, se sentiu um pouco constrangida.
- Thiago, eu preciso comer isso mesmo? – perguntou ela.
- Precisa, Mar. É uma comida muito chique e cara. Nessa ocasião, por educação, você tem que comer. – disse Thiago.
- Está bem. Eu preciso mostrar elegância para não envergonhar você...
- Ora, Mar. Eu nunca teria vergonha de você!
Logo, todos sentaram-se à mesa e comeram com muita elegância. Mar, com muita dificuldade, tentou agir como uma legítima dama. Então, lhe foi servido um dos pratos mais chiques da festa. Escolhido, de propósito, por Barto. E a menina, não muito acostumada, não gostou muito, e, cansada de tentar se comportar como alguém que não é, Mar resolveu se retirar, pois a pressão da sociedade era insuportável. Ela não agüentava mais aquela situação e resolveu dar um basta.
- Thiago, me desculpe, mas esse não é o meu mundo. Pode até ser o seu, mas eu não me adapto! Perdão, mas eu preciso ir embora!
- Mar, espere! Não vá! – disse Thiago.
- Marianella! – disse Barto. – Por favor, não se retire, seria uma falta de educação da sua parte!
- Me desculpe, senhor Bartolomé! – disse Mar. – Mas uma órfã não pode tentar se passar por uma dama... E me desculpe novamente, Thiago, por te envergonhar...
Logo, todos os convidados começaram a se espantar com sua atitude.
- Agora chega! – disse Thiago. – A Mar não merece ter de passar por esse constrangimento! Ela pode ser uma órfã, e não ser chique e nem rica, mas isso não importa! Eu amo a Mar! E tenho orgulho dela por ser uma pessoa maravilhosa!
- Thiago! Eu... – disse Mar, espantada.
- Não! Não pode ser... – disse Barto, com raiva.
Por essa Bartolomé não esperava! E agora? O quê acontecerá?

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