quinta-feira, 30 de julho de 2009

O Pranto dos Anjos

Nico e Céu olhavam-se, sem dizer uma palavra. Todos esperavam que ele continuasse o pedido, e Céu também. Porém, a bailarina decidiu sair de lá para não atrapalhar o noivado. Ela se foi, e James foi atrás. Nico ficara bastante confuso, e, ao ver sua amada indo embora, resolveu terminar o pedido.
- Malvina... – disse Nico.
- Sim, Nick? – disse Malvina. – Fale logo...
- Aceita se casar comigo? – ele disse, pegando o anel de noivado.
- Claro, Nick! Sim! Já estava na hora!
Então, Nicolás colocou o anel de noivado em Malvina e todos admiravam a cena. Céu, no jardim, sozinha, chorava de tristeza, pois não queria ver seu amado se comprometendo com outra. Era só um noivado, mas tinha muita importância. De repente, começou a chover. Uma chuva bem forte, própria para o momento. Na fundação, os órfãos conversavam.
- Está chuvendo muito, não? – disse Jazmin.
- Sim. – disse Ana. – Os anjos devem estar chorando neste momento...
- Minha mãe me dizia a mesma coisa, quando ela era viva.
- Depois de um noivado como este, todos choram...
- Tadinha da Céu, deve estar arrasada.
- É mesmo. Depois de encontrá-la, vou falar com ela. Foi só um noivado por enquanto, espero que Nico abra os olhos antes do casamento...
- Tomara mesmo!
Na casa de Nicolás, Mogli e Crístobal lamentavam o noivado.
- Que dia péssimo. Nicolás se comprometeu com Malvina e ainda está chovendo... – disse Mogli.
- É mesmo. – disse Cris. – Papai não sabe o que está fazendo... E esta chuva é um sinal!
- Na minha tribo diziam que a chuva é o pranto das nuvens...
- Papai me dizia que os anjos choram quando chove.
Neste momento, Nico chegou e percebeu o desânimo dos dois, tentando animá-los.
- O quê foi? Estão assim por causa da chuva? – disse ele.
- O quê você acha? – disse Cris, triste.
- Ora, saibam que atrás das nuvens escuras o céu é sempre azul!
- Acho que não há um céu azul por trás desta situação, papai...
- Há sim. – disse Mogli. – Um “Céu” que Nicolás parece não ver por causa da nuvem “Malvina”...
Na fundação, os órfãos também não estavam bem, tentando dormir.
- Eu não gosto dessa chuva... – disse Aleli. – Deixa o céu tão escuro...
- Anime-se, Aleli! – disse Mar. – Há uma canção que diz que “a chuva é o pranto da vida, que chora porque tem mil feridas...”
Logo, Mar começou a cantar para Aleli.
“... Depois do vento vem
sempre o pôr-do-sol
enchendo-nos de luz e de calor...”

Logo, cada lugar da fundação tinha seu ponto de vista sobre “o pranto dos anjos”. Mas cada um sabia que por trás das nuvens escuras, o céu é sempre azul....

Nenhum comentário:

Postar um comentário