quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Escolha de Céu

Era um momento de desespero. Todos estavam preocupados com Malvina, que havia rolado escada abaixo. Principalmente Nico e Céu, que viram a cena.
- Malvy! O quê houve?! – disse Barto, chorando. – Não morra, minha irmã!
- Eu sinto muito, senhor. – disse Justina. – Senhorita Malvina é ainda muito jovem.
- Vocês querem parar? – disse Nico, furioso. – A Malvina não morreu! Ela só caiu da escada...
- E você acha pouco? Ela pode ficar paralética! – disse Barto, dramático.
- É Paralítica, senhor. – disse Tina.
- Não me corrija, Tina! Isso não é hora...
- Bem, acho que a Malvina não se machucou muito. – disse Céu. – A escada da mansão tem os degraus um pouco baixos e um tapete, que devem ter diminuído os machucados...
- Cale-se, empregada! Não é paga para dar palpites... – disse Barto.
- Ora, mas é verdade. Não foi algo tão trágico assim...
De repente, o médico chegou, após examinar Malvina.
- Então, doutor? Como ela está? – disseram todos, em coro.
- É grave – disse o médico. – Está em um quadro muito difícil e regiões das pernas mostram grandes fraturas...
- O quê isso quer dizer? – disse Céu.
- Que a Malvy machucou muito as pernas, ignorante! – disse Barto.
- Quase isso. – disse o médico. – É algo muito mais sério. Corre o risco de perder os movimentos de algumas partes da área das pernas.
- Oh, coitadinha! Podemos vê-la? – disse Céu.
- Esperem algum tempo. Depois de fazermos mais alguns exames, poderão vir um de cada vez. Eu sugiro que, para o bem da moça, ela seja acompanhada por uma pessoa que ama, para acalmá-la emocionalmente.
- Mas quem seria?! – disse Barto.
Logo, todos moveram os olhos para Nicolás, que percebeu.
- Eu?! – disse Nico.
- Ora, você é o noivo da Malvy. – disse Barto. – Mas se quiser deixá-la abandonada e paralítica, tudo bem...
- Não! Tudo bem, eu fico cuidando dela.
- É, é melhor mesmo. – disse Céu.
Na fundação, os órfãos souberam do estado de Malvina.
- Coitadinha! – disse Vale. – Será que foi muito grave?
- Coitadinha nada! – disse Mar. – Isso pode ser só um teatrinho da Malvina por causa do Nico.
- E se não for? E se ela se machucou de verdade? – disse Jaz.
- Isso está me cheirando mal. – disse Ana Beatriz. – É estranho logo depois do Nico ter dado um fora na Malvina, ela sofrer este acidente...
- Bem, pelo que eu soube, o Nico e a Céu viram a cena. – disse Tefi. – Eles devem saber se foi real ou armação...
- E depois de nós trancarmos a Malvina no armário... – disse Ana.
- Ana! – disse Mar. – Não era pra você ter dito...
- Então foram vocês mesmo? Hum... – disse Tefi.
- Ops! Falei demais... – disse Ana. – Tefi, não conta pra ninguém não, tá?
- Não se preocupe. Seu segredo esá guardado em boas mãos...
No corredor da mansão, Nico e Céu encontraram-se.
- Nico, eu preciso falar com você. – disse Céu. – É sobre nós e... Malvina.
- Eu entendo, Céu. – disse Nico. – Com esse acidente agora, tudo complicou... Não sei quando vou dizer pra ela que...
- Você não vai dizer nada, Nico...
- O quê quer dizer, Céu?
- Que com este acidente da Malvina, ela precisa de você mais do que nunca! E precisa ficar do lado dela pro que der e vier. Então, eu tomei uma decisão.
- Que decisão? – ele perguntou, já prevendo algo de ruim.
- Que você não pode romper com ela. – Céu disse, chorando. – Vocês dois devem estar juntos neste momento! E não posso atrapalhar isso. Esse noivado deve continuar para o bem dela...
- Céu, por favor! Não me peça isso...
- Não podemos ficar juntos. É com ela que você deve estar.
Ambos se abraçaram e choraram amargamente. E agora? Será que Nico continuará sendo noivo de Malvina?

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