sábado, 29 de agosto de 2009

Os Pais de Vale

A mãe de Vale se ajoelhou do chão pois não agüentou a emoção e chorava sem parar, tanto tempo sem ver sua filha, e agora podia tocá-la.
-Mãe... – falou Vale, a abraçando. – Não chora, mãe.
- Filha, como você cresceu! - falou o pai, se juntando a ela.
- Eu não acredito! – falou Rama, que desceu a escada atrás da amada. - O que a Vale escreveu virou realidade, Mar!
- Ela só descobriu o dom dela! - falou Mar, como se tudo fosse normal.
- Dom? Que Dom, Marianella? Endoidou?
- Não, a Ana consegue saber o que vai acontecer, e sabe de tudo, nós somos especiais, ainda não percebeu isso? A Vale, só tem um dom, como nós todos podemos ter, mas ainda não descobrimos! Agora, vai falar olá para seus sogros... – falou Mar, rindo.
- Ah, claro, estou indo já, deixa ela curtir os pais dela um pouco... - falou ele - O que me preocupa é o nosso futuro daqui pra frente.
- Eles já foram deportados daqui, nunca iriam poder levar a Vale de novo, pelo menos eu acho. – disse Jaz.
Mas o que os preocupava, era que Vale agora tinha seus pais adotivos, e o medo dela ir embora, os dominava.
- O quê foi, Rama? – perguntou Vale.
- Ah, nada, Vale. – respondeu Rama.
- Como nada? Já entendi. Acha que agora que estou com meus pais, vou parar de te dar atenção?
- Não é isso. É que, agora que você encontrou eles, você pode ir logo embora deste orfanato.
- Ora, querido! Imagina! Saiba que eu nunca vou te deixar. Vocês são uma família pra mim. Me acolheram quando eu estava sozinha e abandonada. A Céu até organizou aquele festival pra mim! Pensa que eu vou ser ingrata?
- Não. Agora sei que não. – ele falou sorrindo.
- Que bom. Não lembra da Mar? Ela encontrou a mãe, mas continua aqui. E eu também não faria diferente.

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