quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Marca de Nascença

Quando o dia amanheceu em uma neblina fina, Céu e Nico já estavam na porta da Fundação Bedoya, e com ajuda de Ana, entraram sem nenhum impedimento.
- Escuta seu coração, Nico. Não seja precipitado, pense bem, você não tem provas, e é melhor ter tudo em mãos para quando você o denunciar não haja nenhuma duvida de que Barto e Tina são criminosos!
- Me dói saber que vamos deixar Luz sem sua mãe, mas é o que devemos fazer. -retrucou ele - Precisamos de provas então, vamos procurar as crianças.
- Céu, Nico! - falou Mar ao vê-los. – Que bom que vocês voltaram!
- Mar, reúna todas as crianças, precisamos conversar com todos vocês. – falou Céu.
Mar cumpriu a ordem de Céu, e após reunir todos, quis saber o que eles queriam saber.
Céu explicou que contou a Nicolas sobre os maus tratos e roubos.
- Céu! Você está louca? Nós nunca roubamos! – falou Mar, querendo disfarçar.
- Mar, não precisa mais nos enganar, o reinado de Barto está a ponto de acabar! – explicou Céu.
- Talvez Barto tenha nos incentivado, mas...
- Sem mas, Mar! – falou Nico. – Nos conte a verdade.
Em algumas horas tudo foi esclarecido, mas nenhuma prova foi encontrada, mas existiam provas melhores do que eles mesmos? Não, não existiam.
- Oi Céu. – disse Luz, não querendo se aproximar.
- Olá pequena, venha cá! – falou Céu a abraçando.
E não demorou muito tempo, Céu e Luz já estavam brincando juntas.
- Nem precisamos colocar nosso plano em prática... – cochichou Mar para Rama.
- Elas já se dão bem por natureza, e... – Mar parou imediatamente, ao ver a prova de que Angeles e Luz eram mesmo irmãs. – Meu Deus! Olhe aquelas manchas!
- Que manchas?
- No braço direito!
- É marca de vacina, Mar. – falou Rama.
- Só se deram milhões de vacinas em um mesmo lugar até ficar escuro daquela forma, né Rama!
- É marca de nascença, as duas tem iguais! – falou Ana, que estava ouvindo a conversa.
Mar deu um abraço apertado em Rama, pois acabara de descobrir uma prova daquilo, Vale, que acompanhava tudo, não ligou, afinal eles eram amigos e todos estavam felizes, naquele abraço não haveria maldade. Tanto não, que Vale abraçou Mar depois, como duas amigas, bem como Mar abraçou Rama.
- O que foi aquele abraço, Marianella? – falou Thiago.
- Nós descobrimos uma mancha em comum entre Céu e Luz, não é de mais?
- E por uma mancha você tem que abraçar o Rama? Mas que absurdo, Mar!
- Thiago, sem ciúmes bobos, ele é meu amigo, qual o mal disso?
- Mal não haveria se você abraçasse o seu namorado também!
- Meu celular está tocando, Thiago, depois nos falamos. – mentiu Mar.
Mar saiu em direção ao seu quarto, fingindo atender ao telefone, e lá resolveu em meio aos prantos, ligar para Júlia.
- Mãe, me tira daqui!
- Filha, o que houve? Barto te mal tratou?
- Mãe, só me tira daqui, por favor.
E agora? Será que Mar irá deixar o orfanato?

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