quinta-feira, 21 de maio de 2009

Valsa do Amor

Após uma dança inesquecível, Mar e Thiago estavam na janela do salão, conversando, envergonhados.
- Er, Mar, queria te dizer que esta dança...
- É, eu sei. Foi um momento único, não?
- Sim. Mas foi mais do que isso. Foi...
- Foi?
- Bem, acho que...
- Eu te amo! – disseram os dois, ao mesmo tempo.
Seus corações batiam forte, que dava até para se ouvir de longe. Porém, ambos eram muito tímidos ao falarem disso.
- Preciso ir! – disseram juntos, novamente.
- Está bem. – disse Mar – Já está na hora de ir.
- É. Boa noite. – disse Thiago.
- Boa noite.
E se foram para lados diferentes, seus pensamentos estavam distantes, um dos “sintomas” do amor...
Jaz e Vale deram o sinal à Leca, que tirou a cadeira que estava tancando a porta do banheiro. Malu saiu, completamente irritada, mas a festa ainda estava no meio. Quando chegou, todos aplaudiram, por educação. Nacho se aproximou dela.
- Onde você estava? A órfãzinha conseguiu o que queria! Satisfeita? – disse ele.
- Estava trancada no banheiro! Não tenho culpa! – respondeu ela.
- E agora nosso plano foi por água abaixo...
- Não seja tão pessimista. Cadê o Thiago?
- Já foi.
- O QUÊ?! NÃO!!!
Malu começou a gritar de tanta raiva pelo fracasso de sua festa, e seus pais tentaram acalmá-la. Mas não adiantou. Mais uma vez, o mal fracassa e o bem triunfa...
No dia seguinte, Barto e Justina apareceram. Ninguém sabia o que os dois foram fazer durante a festa, mas com certeza foram gastar o dinheiro que ganharam para o aluguel do salão.
Céu estava limpando o salão, depois de toda a bagunça feita na festa.
- E sempre sobra pra mim! Ser empregada não é fácil! Ainda mais da bagunça da festa da Malu e da Mar... Ai, eu lembro quando tinha a idade delas. Meus 15 anos. Não foi o melhor ano da minha vida, mas foi bom. É claro que minha festa não foi esse baile chique que fizeram ontem. Mas minha família fez o que podia. Foi uma festa simples no nosso circo, com os acrobatas e as bailarinas. Em vez de dançar valsa, fiz minha primeira apresentação de dança! Foi maravilhoso! Ai, como eu gostaria de ter dançado valsa! Ninguém nunca me ensinou, mas já vi numa peça de teatro. É tão romântico!
Céu começou a dançar sozinha no salão, fingindo estar numa festa de verdade. Neste mesmo instante, Nico tinha voltado de viagem, e, ao entrar na mansão, se deparou com a moça dançando. Ele ficou encantado com a cena.
- Nico! Oh! Não vi você! – disse Céu, parando de dançar, com vergonha.
- Oh, não pare! Por favor, continue! – disse ele.
- Ah, é melhor não.
- Senhorita, me dá o prazer desta dança? – ele disse, curvando a cabeça, a convidando para dançar.
- Ora, como não? Claro que aceito!
Os dois começaram a dançar valsa, como num baile de verdade. E novamente seus olhares se cruzavam, apaixonados.

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