sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Presente de Barto

- Inacreditável! – disse Leca, ao ver o presente que Barto e Tina compraram.
- Nossa! Um baita presente, hein? – disse Céu.
Enfim, era um equipado conjunto de instrumentos musicais, ideal para os Teen Angels. Tinha um instrumento para cada órfão.
- Isso tudo para vocês, meus queridos “filhos”! – disse Barto.
- Isso é muito estranho... Porquê ele compraria tantos presentes para nós? Nunca foi assim! – disse Mar, desconfiada.
- Ah, Mar... Pare de ficar questionando, o importante é que é tudo para nós! – disse Vale.
- Não sei não... Isso está me cheirando a armação...
- Ora, Mar! Pare de ficar desconfiando e aproveita o presente! – disse Jaz.
- Bem, não comprei o presente para vocês ficarem só olhando, podem pegar e ver! – disse Barto.
- Podemos mesmo? – disse Aleli.
- Cale a boca e pega! Oh! Quer dizer... Pode pegar, criança...
- Ei! Mas antes, agradeçam ao senhor Bartolomé por ter dado este privilégio a vocês! – disse Justina, interrompendo-os.
- Obrigado pelo presente tão generoso, senhor Bartolomé. – disseram todos, em coro.
- Ora, não foi nada, meus queridos! Tudo para agradar e adoçar a vida dos meus órfãos prediletos! – disse Barto, com um sorriso falso.
- Vejam! Esses instrumentos são belíssimos! Estão novinhos! – disse Vale.
- Sim. Um instrumento para cada criança! Vou dar um para cada um... – disse Barto.
- Estou ansioso para saber qual é o meu! – disse Rama para Tacho, baixinho.
- Bem, vamos começar. Você, minha querida Vanessa...
- É Valeria, senhor!
- Oh, claro. Valeria. Para você, Vale, eu dou este fabuloso violão!
- Oh! Pra mim? – disse Vale, emocionada.
E assim por diante, Bartolomé deu a cada órfão um presente. Uma bateria para Tacho, uma guitarra para Rama, um teclado para Jaz, outra guitarra para Leca e um pandeiro para Aleli. E por fim, um microfone para Mar.
- Bem, acho que foram todos, não? – disse Barto.
- Como foram todos? E eu? – disse Thiago.
- Ah, sim! Você, meu ex-herdeiro! Já ia me esquecendo! – disse Barto, tirando algo do bolso. – Aqui está, uma gaita pra você!
- Uma... gaita?! Só isso?
- Ora, se não quiser, dê para outro!
- Isso é uma injustiça! Pros outros você dá guitarras, teclado, violão... mas pra mim você dá uma mísera gaita?
- Ora, por favor! Você quis uma vida simples, lembra? Terá de viver como os órfãos, sob a minha autoridade! E sofrer calado qualquer injustiça! – ele tinha falado isso baixinho, para as visitas não escutarem.
- É mais uma de suas armações para me fazer voltar, não é?
- Pode-se dizer que sim!
Julia e Tefi se encantaram com o ato de Barto em presentear os órfãos.
- Senhor Bartolomé! Fico impressionada com sua bondade e generosidade! – disse Julia.
- Obrigado, senhora. Faço o máximo para melhorar a vida sofrida deles... coitadinhos! – disse Barto, falso.
- Mas que mentiroso... – disse Mar.
- Mar! Não reclame! Afinal, ele nos deu os presentes, não é mesmo? – disse Vale.
Justina se aproximou de Barto para conversarem, aproveitando que todos estavam distraídos.
- Senhor, o quê pretente fazer com os instrumentos? Vai deixá-los nas mãos desses órfãos? – disse ela.
- Mas é claro que não! Espere alguns dias. Depois, tratarei de devolver todos! A temporada de bondade acabou!
Os dois riram, com um riso maldoso e perverso... O quê será dos instrumentos?

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