quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Aniversário de Mar - Parte 2

Após o grande momento, Thiago e Mar se sentiram um pouco envergonhados e foram conversar na janela. Jazmin e Vale, preocupadas, decidiram fazer o máximo para que Malu não os visse.
- E agora, Jaz? Aquela chata tá quase pronta! O que vamos fazer? – disse Vale.
- Precisamos fazer alguma coisa para atrasá-la... – disse Jaz.
- Acho que posso ajudar vocês! – disse Leca.
- Como, Leca? – disseram as duas.
- Vou fazer com que ela tenha de ir no banheiro e tranco ela lá...
- Brilhante! – disse Vale.
- Espere, Leca. Acho que, apesar da Malu ser a maior chata, ela merece aproveitar sua festa de 15 anos como toda garota. – disse Jaz.
- É verdade, Jazmin. O quê vamos fazer então? – disse Vale.
- Leca, deixe a Malu trancada no banheiro até nós darmos o sinal. Depois, ela pode sair. Até lá Thiago e Mar já devem ter terminado de conversar.
- Boa!
Leca foi colocar seu plano em ação, e foi até onde Malu estava, no corredor, pronta para se apresentar. Ele estava com um copo de suco na mão e acabou derrubando “sem querer” o suco no rosto da menina.
- O quê você fez, seu idiota? – gritou Malu.
- Ah, desculpa! Foi sem querer! – disse Lena.
- Sem querer, uma ova! Derramou de propósito!
- Não! Eu, não!
- Agora limpe! Limpe, órfão!
- Não vou limpar! Isso é problema seu!
- Ai! Depois de me limpar, você vai ver!
- Se conseguir me achar!
Malu foi no banheiro para se limpar, até que Leca trancou a porta com uma cadeira do lado de fora, para prender a maçaneta.
- Ei! Não consigo abrir a porta! Abram! Eu sou a aniversariante! Me trancaram! Ei! Socorro! – gritava Malu, escandalosa. Mas ninguém ouvia pois a música era muito alta. Leca avisou Vale e Jaz.
Enquanto isso, Julia e Tefi tentavam aproveitar a festa.
- Afinal, onde está o senhor Bartolomé? Ele nos convidou para a festa para conversarmos sobre as doações, mas não apareceu! – disse Julia.
- Essa festa tá uma chatice só! Não conheço ninguém daqui! Nem sei porque eu vim! – disse Tefi.
- Ah, filha. Tente se enturmar com algumas dessas meninas. Elas devem ter a sua idade...
- Eu, não! Até parece que... ei! É aquela menina enjoada de novo! Estou reconhecendo!
- Quem, filha?
- Aquela ali, na janela. Há algumas semanas topei com ela na rua. É uma mal-educada! Não a suporto!
- Que estranho... sinto que também já a vi... mas não me lembro...
- Acho que não, mãe. Quando encontrei com ela, a senhora não estava!
- É, tem razão. Acho que me enganei. Mas, os olhos dela, me lembram...
- O quê foi, mãe?
- Bem, nada filha. Vou perguntar para o senhor Bartolomé. Talvez eu a tenha visto em algum outro orfanato...
- Hum. Nossa! Será que ela é a aniversariante? Está tão arrumada, nem parece órfã...
- É, filha. A menina é muito bonita mesmo.
- Estou falando do vestido! É tão... elegante.
Vendo a demora de Barto, Julia e Tefi resolveram ir embora e voltarem no dia seguinte. Mas Julia ficou pensativa, pois não esquecera o rosto marcante de Mar, que lembrava muito alguém especial em sua vida...

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