sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Filha Perdida de Júlia

Céu e Nico estavam vivendo um sonho, estavam a ponto de declarar seu amor.
- Céu, eu... eu... – disse Nico.
- Sim? – disse Céu, esperando uma palavra do coração dele.
De repente, veio à mente de Nico a marcante cena do baile de noivado, e viu em Céu a mulher misteriosa por quem se apaixonou pensado ser Malvina. Lembrou de quando a viu com o vestido nas mãos, e começou a pensar que tudo dizia que Céu era o amor da sua vida.
Perto dali, Malvina, que estava saindo do corredor, ao descer um degrau da escada, viu a cena. Seu noivo e a empregada, parados e se olhando. Ficou com muita raiva, mas parou para ver o que iriam fazer.
- Céu... – disse Nico, novamente.
Mas a bailarina não agüentava mais a lentidão do arqueólogo. Estava farta de tanta enrolação e falta de atitude da parte dele.
- Chega, Nicolas! Não quero ouvir mais nada. Se não tem coragem de falar, então que nem fale!
- Céu! Espere! Eu preciso falar com você!
Mas ela foi embora para seu quarto, decepcionada. Malvina observava, pensando.
- Essa empregada quer tirar Nick de mim! Mas não vai conseguir! Não vai! Pobrezinho! Ele é a vítima nisso tudo! – pensava Malvina.
Na fundação, Mar, pensativa, conversava com Jaz.
- Mar, como você veio parar aqui, na fundação, afinal?
- Vim de um reformatório. Barto e Tina me trouxeram para cá.
- Ah, bom. Mas e antes?
- Vim de outro reformatório. Eu era transferida algumas vezes. Tinha “problemas de comportamento”...
- Entendo. Não sabe nada dos seus pais?
- Não, nada. A diretora do meu primeiro reformatório me encontrou abandonada na porta de uma igreja. Provavelmente minha mãe me odiava.
- Ah, não pense assim. Talvez não teve condições de te criar...
- É, pode ser. Mas, que posso fazer? Seria impossível ela conseguir me achar!
- Bem, isso é. E como foi o encontro com o Thiago?
- Vou te contar tudo! Vamos chamar a Vale...
As três se divertiram muito, e Mar contou todos os detalhes do que houve.
No bairro, Tefi e Julia caminhavam em direção à fundação. E conversavam no caminho.
- Mãe, posso te fazer uma pergunta? – disse Tefi.
- É claro, filha. O quê foi? – disse Julia.
- Como a senhora abandonou sua filha?
- Bem, naquela época, eu estava muito mal, não tinha dinheiro suficiente para cuidar de uma criança. E, num ato que me arrependo muito, abandonei o bebê na porta de uma igreja.
- E nunca mais teve notícias?
- Não. Tentei voltar atrás, mas quando fiu perguntar na igreja, disseram que uma diretora de reformatório levou minha filha.
- Eu sinto muito, mamãe.
- Obrigada por sua consideração, filha.
- Deve ser muito importante pra você ajudar os orfanatos, não é?
- Isso mesmo!
Depois, as duas chegaram à fundação. Tocaram a campainha. Lá dentro, Mar ouviu.
- Onde está a Céu pra atender a porta? Bem, acho melhor eu mesma atender.
Neste instante, Mar abriu a porta e deu de cara com Tefi e Julia!
- Você? – disseram Tefi e Mar, uma para a outra.
Ao mesmo tempo, Julia sentiu um grande aperto no coração ao ver Marianella de perto. Será que Mar é a filha perdida de Julia?

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