sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Primeiro Ataque de Malu

Malu estava agora em uma difícil situação.
- Responda, Malu! Você mencionou o Nacho? – disse Thiago.
- Eu disse?! É que... – disse Malu, gaguejando.
- Disse sim, e com todas as letras!
- Está bem, eu disse. Não nego. É que nós estávamos... preparando uma surpresa!
- Surpresa?
- Sim! Pra você!
- Ora, que coisa! E eu estava desconfiando de você... Desculpe!
- Que nada! Devíamos ter falado.
- E qual é a surpresa?
- Se eu contar vai estragá-la, não acha?
- Claro, tudo bem. Mas o que você disse que o Nacho tinha razão?
- É... que... ele me disse que aqui os órfãos são muito hospitaleiros. É isso.
- Ah, bom.
Mar começava a desconfiar.
- Malu, Nacho... Ah! Mas é claro! – disse Mar – é aquela menina que a Céu falou! Como não percebi?
- Disse algo, Mar? – falou Thiago.
- Eu? Ah, nada. Só pensei alto.
- Ah, tudo bem.
- Vou descobrir o que esses dois estão tramando e já!
Enquanto isso, no bairro, Tefi, a nova vizinha que detestava Mar, estava passeando com sua mãe, Julia.
- Mas afinal, mamãe, porquê mudamos pra cá? Era bem melhor onde estávamos. – disse a menina.
- Acalme-se, Estefania! Aqui eu encontro um modo melhor de ficar perto do orfanato.
- Se não fosse por esse “lar de órfãos” eu poderia estar saindo com minhas amigas agora!
- Ora, Tefi. Você sabe que eu estou fazendo o bem. Ajudar orfanatos me dá muita alegria. E este aqui perto será o próximo.
- Sei. Por causa da filha que você abandonou, não é?
- Isso mesmo. Eu nunca me perdoarei por ter feito isso com a minha filha!
- Mas, pelo menos, com isso, você me adotou. E hoje somos uma família.
- Mas é claro. Eu tenho você comigo, e somos muito felizes juntas!
- Mãe, você por acaso acha que ainda pode encontrar sua filha?
- Eu não sei, minha filha. É muito difícil. Por quê?
- Ah, nada. Só por curiosidade.
- Eu conheço você, Tefi. Sei que teme que eu ame muito mais a outra do que a você. E não negue! Eu sei. Mas não se preocupe, querida. Amarei todas da mesma forma.
- Pode ser, mas, sinceramente, acho que é impossível que ela apareça.
- Só Deus sabe se algum dia eu a reencontrarei.
Julia, apesar de passar anos tentando se conformar com a perda, ainda tinha a esperança de encontrar a filha perdida. E, por isso, adotou Tefi e passou a ajudar orfanatos por amor à menina que abandonou.
- Este mês minha filha faria 15 anos. Como eu gostaria de poder abraçá-la neste momento e retribuir todo o tempo perdido! – pensava ela.
Por outro lado, Tefi sentia ciúmes da mãe e não gostaria de dividir o amor dela com ninguém. Ter uma irmã seria horrível neste momento, ainda mais pelo fato da menina ser filha de sangue e Tefi não.
Na fundação, Nacho foi falar com Barto para que ele fizesse uma festa de aniversário para Malu na fundação, pois a família do garoto (que era rica) iria pagar todos os custos.
- Nacho, por acaso está achando que isto é alguma casa de festas? – disse Barto.
- Claro que não, senhor Bartolomé, mas é que a Malu é muito amiga do Thiago. E também seria ótimo meus pais poderem contribuir para o orfanato com um bom dinheiro para cobrir as despesas da festa.
- Seus pais, é? E o dinheiro deles, é? Bem...
- Sim, senhor. Será uma forte contribuição!
- Está feito. Mas que vocês façam a decoração e tudo mais! Eu só fico com o aluguel do espaço e pronto!
- Claro, meus pais ligarão para o senhor.
- Ótimo. Desde que não pertubem meus órfãos. Eles não podem participar desses eventos.
- Certo.
Perto dali, algum tempo depois, Malu foi falar com Thiago.
- Thiago! Você nem imagina! Alugaram o salão da fundação para mim onde eu vou fazer a minha festa e convidar todos os nossos amigos!
- Que legal, Malu. Quando será?
- No sábado da semana que vem. Farei 15 anos e vai ser uma grande festa!
Os órfãos, que estavam ouvindo a conversa, perceberam que a data coincidia com o aniversário de Marianella, e resolveram comemorar o dia na festa. Será que dará certo Mar e Malu fazendo aniversário no mesmo dia e na mesma festa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário