sexta-feira, 24 de abril de 2009

Dois Olhares de Amor

Nico ficou realmente encantado, enquanto ouviu Céu cantando, imaginava como ela poderia ser sua, se sentia realmente apaixonado.
Mar, que estava vendo Céu cantar, também estava encantada, e viu Thiago um pouco longe dela, e resolveu se aproximar

- Oi - disse ela tímida.
- Oi Mar, pode falar agora? ou ainda está ocupada com a festa?
- Não, eu posso falar, ah, espere, você esqueceu de perguntar o que eu quero com o Rama?
- Pare de brincadeira Marianella!
- Está com ciumes, não?
- E se estivesse? O que tem demais?

Ela riu, e lhe deu um abraço carinhoso.
Tefi, que via a cena, foi para perto deles, tentar ouvir o que eles conversaram, Mar, ao sair do abraço, não a viu, e lhe deu uma bela cotovelada da barriga.
- Perdão! ai Meu Deus! Perdão! - disse Mar
- VOCE AINDA PEDE PERDÃO?
-ér, queria que eu falasse o que? Pelo menos eu pedi perdão nao?

Tefi se mostrou irritada e saiu de lá, não suportava a idéia de ser vizinha de órfãos, além de ter uma certa inimizade com Mar.
Enquanto isso, Nico comprou flores para Céu, de uma vendedora na rua. Ele queria presenteá-la por sua apresentação maravilhosa no festival. A bailarina, que estava passando por ali, viu que seu amado vinha em direção à ela carregando um buquê de flores. Os dois, distantes, trocando olhares, davam passos à frente para se encontrarem. Estavam apaixonados, um indo em direção ao outro. Era um clima muito romântico, à noite, na praça e com os Teen Angels tocando a última canção “Dos Ojos”.
“Vayamos lejos mi amor,
Lejos de acá.
Mis ojos pueden llevarnos
Hacia otra realidad...”

Céu e Nico então se encontraram, trocando olhares e quase tendo a certeza de um amor correspondido, a única coisa que faltava eram as palavras... mas estavam envolvidos demais para pronunciar alguma coisa. Até que Nico tomou coragem.
- Você foi maravilhosa na apresentação. Parabéns! Sua voz é incrível e seus talentos são ótimos... – disse ele.
- Ah, que nada! Obrigada pelos elogios. Só fiz o que eu costumava fazer no circo... – disse ela.
- No circo? – ele falou lembrando de um certo momento, quando a viu pela primeira vez.
- Sim, eu trabalhava no circo. Fui criada lá, mas precisei fazer minha jornada sozinha.
- Hum. Bem, seu trabalho é impressionante.
- Obrigada. E essas flores? São para Malvina?
- Oh, não. São para você! Um presente pela belíssima apresentação!
- Oh, para mim? Não precisava! Ai, que amor! São lindas!
- Como você... quer dizer, são bonitas mesmo...
Céu, encantada, abraçou Nico como forma de agradecimento e os dois se sentiam mais apaixonados ainda. Crístobal os viu e ficou feliz por ver o pai com a moça certa, mas este romance ainda precisava de uma pequena ajuda para começar.
Este momento finalizava o festival, que foi um sucesso, arrecadando muito dinheiro para a fundação, ou seja, para os bolsos de Bartolomé. Mas pelo menos fez com que Vale ficasse e os jovens se apresentassem. Foi uma festa marcante na vida de todos, que será lembrada sempre.
No dia seguinte, em seu quarto, Thiago praticava a voz, animado com a banda e seus amigos da fundação, principalmente com Mar. Justina espiava atrás da porta, e ficou furiosa ao descobrir que o rapaz estava envolvido demais com os órfãos e que pensava em ficar na banda. A megera contou logo para Bartolomé, que, irritado, falou seriamente com o filho.
- Saiba que eu só permiti que você cantasse naquela bandinha pois era lucro para o festival! Eu não autorizo que você, meu filho, tenha mais nenhum contato com aqueles imundos ou pronuncie qualquer dó, ré ou mi, perto deles. Ouviu bem? – disse Barto.
- Mas isso é uma injustiça! Eu tenho direito de falar ou cantar com eles! Você não pode ser um tirano e me proibir de fazer amigos! Não pode! – disse o rapaz.
- Tenha mais respeito, mocinho! Ou quer que eu te trata como eu trato esses órfãos?!
- O que quer dizer com isso? Por acaso você maltrata ou bate neles? Responda, pai!
Barto estava numa situação constrangedora. Logo, seu filho já desconfiava dos segredos por trás da fundação...

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