sexta-feira, 10 de abril de 2009

Salva Vidas?

No capítulo anterior, Malvina pôs em prática um terrível plano que pôs em risco a vida de Crístobal. O menino quase foi atropelado, mas a moça o empurrou para a calçada a tempo. Porém, agora, quem a salvará?
- Socorro! – gritou ela.
- Malvina! – gritou Nico, que, correndo, conseguiu tirar a noiva da rua, salvando-a.
- Incrível, Malvina! Você salvou a vida do Crístobal! – disse Céu.
- Salvei?! Ah, sim! Salvei! Agora ele está bem! – disse Malvina, satisfeita.
Todos voltaram para a fundação, e se acalmaram de toda aquele confusão descansando na sala.
- Cristobál! Ainda bem que você está vivo! Que bom! – disse Mogli, abraçando o menino..
- Filho, acho que é melhor você agradecer à Malvina. Afinal, ela salvou sua vida. – disse Nico.
- Isso mesmo, meu bem. Pode dizer! – disse a irmã de Barto, convencida.
- Me recuso à fazer isso! Não vou agradecer à ela, por que não merece! Nem morto! – afirmou o menino, relutante.
- Me desculpe, Mal. Pela grosseria dele.. Foi muito ingrato da parte do Cristobal te tratar desse jeito. – disse Nico.
- Tudo bem, Nick. Logo ele vai entender e me agradecer. E só uma questão de tempo... – disse a moça.
- Isso foi muito estranho. Malvina, você não viu que o caminhão estava vindo? Então porquê deixou o Cristobal ir na rua pegar a bola que você mesma chutou, como se fosse de propósito? – questionou Aleli.
- Cale-se, órfã imunda! Ninguém perguntou nada à você! Nick, não dê ouvidos à esta criança. Você sabe que eu seria incapaz de arriscar a vida do Crístobal chutando a bola de propósito, não é? – disse Malvina.
- Er... Claro, amor. Eu confio em você. – disse Nico, confuso.
- Isso não é motivo para tratar a Aleli assim! Ela não merecia essa ofensa, dona Malvina. – disse Céu.
- Não estou falando com você, serviçal! Cale-se, se não quer perder o emprego! Era só o que me faltava! Uma mera servente falando como eu devo tratar as pessoas! Hum! – disse a megera, humilhando Céu.
- Perdão, senhora. Me desculpe pela minha ousadia. Eu vou me retirar e não vou mais me intrometer nos seus assuntos. – disse a ex-bailarina, quase chorando.
- Céu, espere! Não fique assim! – disse Nico, indo atrás dela. Porém, Malvina o segurou pelo braço.
- Você não vai ir atrás dela! Vai ficar aqui! Eu sou sua noiva! – disse a megera.
- Pode ser minha noiva, mas não é minha patroa! Não me trate como um de seus empregados! – ele disse se retirando.
- Que ousadia! É isso que eu mereço por salvar a vida do filho dele?
Perto dali, Céu chorava em seu quarto.
- Por quê ela me tratou assim? Falou como se eu fosse uma escrava! Eu só defendi a Aleli, que mal tem nisso? Vejo que aqui os ricos só querem humilhar e pisar em cima dos pobres! Será que aqui é o meu lugar? A Malvina tem tudo! O dinheiro, o ato heróico, os luxos... e até o amor da vida dela. E eu só tenho um uniforme, bolsos vazios, talento, sonhos. Bem que eu poderia ter salvo a vida do Crístobal! Mas se foi ela que salvou a vida dele, é porque foi assim que devia acontecer! E o que eu ganho? Uma humilhação...
- Céu! Oh, desculpe, não queria incomodar... – disse Crístobal, que havia entrado no quarto da moça para falar com ela.
- Crístobal! Fique! Pode vir! Eu estava precisando de companhia mesmo...
- Que bom! Eu também. Queria falar com você onde aquela chata da Malvina não poderia me encontrar.
- Meu bem, porque trata a Malvina assim? Ela salvou sua vida!
- Isso não quer dizer nada. Quem te garante que ela não fez isso de propósito?
- Ai, Cris! Não brinque com isso! Acho que a Malvina não seria capaz de fazer tal maldade arriscando a sua vida!
- É, pode ser. Mas ela continua sendo a chata e antipática de sempre. Não quero vê-la casada com meu pai.
- Neste ponto de vista eu entendo você. Sei que deve ser difícil ter uma madrasta roubando as atenções do seu pai. Mas é a vida. Você precisa entender. Pense um pouco na felicidade do seu pai. Como ele ficaria feliz se você parasse um pouco com essas brigas com a noiva dele! Está certo que você não a quer como madrasta, mas ela salvou a sua vida! Você podia mostrar um pouco de gratidão à ela. As intenções da Malvina eram boas! Você só precisa agradecer pelo que ela fez, e seu pai ficaria muito contente. Experimente tentar.
- Tudo bem, Céu. Acho que tenho de ser menos egoísta. Vou agradecer à Malvina, mas ainda assim não gosto dela. Só pelo meu pai.
- Muito bem, já é um começo. Pode ir, eu vou com você!
Enquanto isso, Mar estava inspirada, escrevendo mais uma música. E começou a cantar:
“Se que hay un cuento paraCompartirDonde se escribe una historia felizQuisiera mostrarte lo que quiero decirVení conmigo...”
Justina, que estava passando por ali, ouviu a garota cantando e logo a advertiu.
- Só para avisar, a música não é algo que eu aprecio muito. Então, faça-me o favor de calar a boca para eu poder relaxar em meu quarto! – disse Tina, furiosa.
- Que lugar é esse em que a música é proibida? – pensou Mar, revoltada.
Na mansão, Crístobal havia aceitado o conselho de Céu e foi falar com Malvina.
- Malvina! – gritou o menino.
- O que foi, peste? Oh, quer dizer... o que foi, meu querido? – disse ela, fingindo doçura.
- Precisamos ter uma conversa séria. É sobre eu, você e meu pai! É urgente.
O que será que Crítobal vai falar com Malvina? Descubra no próximo capítulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário