sábado, 5 de setembro de 2009

Uma Visita aos Vilões

Na cabeça de Ana só lhe aparecia a imagem de uma luz dourada, que a puxava sem parar, até que mais uma vez desmaiou, para acordar sã, o que mais estava intrigando todos era que Ana havia tido os mesmo delírios ao ver o portal, que agora se encaixava certamente com a Terra de Eudamón.
Malvina que passava por lá, após compras no shopping, entrou e se deparou com Ana ainda desmaiada.
- Pela Nossa Senhora dos Shoppings! O que houve com essa menina? – falou ela.
- Malvy, que bom que chegou! – falou Céu. – A Ana delirou! Nossa sorte é que ela já está acordando.
- Bem, eu vim aqui para pegar a Luz e o Thiago, para uma visitinha aos pais deles, mas agora com esse problema da Ana, acho melhor deixar pra mais tarde... – falou ela.
- NÃO! - falou Luz. – Eu quero minha mãe!
Com a insistência de Luz, não teve outra solução, Malvina, Thiago e a pequena foram até a cadeia onde Barto e Tina estavam presos.
- Boa tarde, como vai? – começou Malvina, ao porteiro. - Gostaríamos de ver Justina Garcia e Bartolomé Bedoya Agüero.
- Bem, senhora, tratam-se de diferentes sexos, seria conveniente que você pegasse a fila para um e depois para o outro. - respondeu o porteiro.
Thiago então foi até o pai, enquanto Luz e Malvina esperavam em uma fila gigantesca, até o horário de visitas feminino começar.
Thiago então seguiu um corredor escuro e cheio de infiltrações, até chegar a uma sala estranha, onde existiam cadeiras plásticas e apenas vidros, e um telefone em cada cabine, o menino não entendeu, e tentou pedir uma informação, pois não estava entendendo, imaginava seu pai atrás das grades literalmente, e ele próprio sentado no vaso sanitário para conversar com o pai, pela falta de cadeiras dentro da cela.
- Alô? – falou Thiago, ao ver o pai pelo vidro.
- Cambio, Thiago – falou Barto. – Que bom que está aqui, meu filho! Cambio.
- Acho que você não precisa falar cambio a cada vez que fala, Barto.
- Cambio, eu gosto, é charmoso, cambio.
- Eu só estou aqui, Barto, por que querendo ou não, você é meu pai, um pai frio, sem sentimentos e mau, mas é meu pai.
Enquanto isso na mansão, as crianças planejavam um jeito de comemorar a vitória sobre Barto e Tina, uma festa talvez, um show, ou qualquer coisa, desde que expressasem a grande alegria de se tornarem livres, apesar da prisão. Em meio a idéias mirabolantes e som de um violão, Céu estava curiosa, afinal, quem seria Tic-Tac?
- Oh! Eu não me lembro, apesar das visões e pensamentos estarem mais claras, eu apenas sei o bruto sobre ele. - começou Ana. - Tic-Tac é um homem esquisito, digamos assim, sei pelo o que vi em meus sonhos, tem cabelo castanho claro, e uma pequena trança bizarra na parte de trás de seu cabelo, ele vive em um lugar branco, totalmente isento de luz artificial, onde pode comandar o que quiser, como nós aqui, é difícil explicar por que nem eu sei bem, só penso, que ele deve ser um anjo e não um quase.
- Não um quase? Quase o quê? Quase Anjos? Mas quem é quase anjo, aqui?
Ops! Acho que Ana falou demais.

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