terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mais um Dom

Acontece que tudo estava muito confuso para Céu, talvez não suportasse a idéia de tantas coisas de outro mundo.
- Bem, Ana, vamos deixar o papo pra depois... - falou a ela, e se dirigiu a Rama. - Meu bem, sabe me dizer o quanto de pano colorido preciso para fazer uma diagonal entre um metro de distância da parede e dois do chão? – perguntou ela, confusa com a própria pergunta.
- O Rama saber isso? - falou Ana rindo. – É ruim hein?
- Se o valor do cateto denominado ‘b’ é de dois metros, e do outro cateto denominado ‘c’ é um, faremos ‘a’ ao quadrado é igual a ‘b’ ao quadrado mais ‘c’ ao quadrado, o quadrado de um é um, de dois é quatro, por tanto ‘a’ ao quadrado é igual quatro mais um, igual ao cinco, a raiz quadrada de cinco é 2,2360..., ok, arrendonde para dois metros e meio, para ficar mais folgadinho, Céu.
- Isso me deixou pasma! – falou Ana.
- Pode acreditar, que isso me deixou também. – falou Rama.
- Rama, você nunca estudou muito como pode saber tudo isso? - falou Céu.
- Quem sabe não é mais um dom? - falou Ana.
Enquanto isso na penitenciaria onde Tina estava presa...
- Bem, o tempo é curto Tiny... - começou Malvina, ao entrar na salinha de visitas.
- Minha filha! – falou Tina abraçando Luz. - Senti tanto a sua falta!
- Mamãe! Eu também, por que está aqui? Ninguém me diz! - falou a pequena, batendo as mãos no peito da mãe.
- A mamãe não foi uma boa pessoa, Luz, tem que pagar o que fez com a sociedade.
- Mas por que ficar presa aqui? Eu também estava devendo pra sociedade?
- Não, meu bem, não estava, eles tem medo que eu volte e faça uma coisa ruim, então, o certo é que eu fique aqui, e não quero que venha me visitar, pelo menos por enquanto, não quero que me veja mais nesse estado.
- Mas sentirei sua falta! Isso não é justo! - falou a pequena.
“Vão embora, eu ligo quando puder, eu prometo.” – sussurrou Tina, para Malvina, enquanto Luz chorava em seu ombro.
Malvina pegou Luz do colo de Tina, e depois saiu em disparada, para que a menina não pudesse ver a mãe aos prantos, por ter tomado tal decisão.
- Luz, meu bem, acalme-se, sua mãe só quero seu bem, e nada mais, vamos nos divertir muito a partir de agora, e esquecer das tristezas, você vai ver como tudo vai melhorar, eu te prometo. - falou Malvina, agachada na frente de Luz, limpando suas lagrimas. - Vamos embora.
Malvina imaginou que Thiago já havia de ter saído de lá, e realmente foi o que houve, ele teve uma discussão com o pai, onde deixou seus sentimentos amostra, o que Barto, não gostou nada-nada, o que os restavam era ajudar na festa de comemoração de liberdade dos Anjos.

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