terça-feira, 24 de março de 2009

O Começo de Uma Aventura

Prepare-se para ler uma história surpreendente e diferente de todas as que você já ouviu. Uma bailarina. Órfãos sofredores. Um orfanato. Uma corporação. Não se trata da clássica história da garota que salva os órfãos, que vivem em um lugar encantado e colorido, ou da donzela que espera o príncipe encantado. Mas não deixe de ler. É uma história comovente, que fala de coragem, amizade, amor e vida. De início, pode lhe parecer clichê e infantil. Porém, você pode se identificar com qualquer um dos personagens e perceber que o que você lê retrata bem a realidade. Não lhe convidamos para entrar num mundo mágico de fantasias ou encanto, mas sim em um lugar onde crianças sofrem, sonham, são oprimidas, cantam, tem esperanças e imaginam dias melhores... Bem-vindos ao mundo destes “quase anjos”!


Dono de uma fundação que acolhe órfãos abandonados, o vilão desprezível e inescrupuloso Bartolomé Bedoya, junto com sua assistente Justina, buscaram em um reformatório um órfão carente que lhes possa ser útil, afim de explorá-lo em negócios sujos. E pareceu que desta vez encontraram esta “pobre criança”.


- Sejam bem-vindos ao nosso reformatório, senhores! Creio que possam encontrar o que procuram entre nossos humildes e sofredores órfãos! – disse o dono do lugar, abrindo a porta e recebendo-os muito bem.
- É melhor mesmo que possamos encontrar alguma criatura carente aqui. Garanto que o senhor Bartolomé lhe dará uma nova oportunidade para viver tirando-a deste lugar. – disse Justina.
- Sim, posso garantir que trataremos muito bem desta criança. Seria uma pena se eu não encontrasse quem procuro. Uma pena! – disse Bartolomé, fingindo-se de bondoso.


As crianças do reformatório chegaram. Barto examina todas. Porém, falta uma. Então ele parou, ao ouvir uma voz diferente ao longe.


- Ah! Já chega! Não suporto mais isso! – gritou uma garota que acabara de chegar, irritada. Logo, chamou a atenção de todos. De repente, ela tropeçou e caiu no chão. Então se levantou furiosa com um dos órfãos.
- Que fique claro que se você fizer isto de novo, eu acabo com você, ouviu? – disse ela, segurando um garoto pela gola da roupa, mostrando-se muito agressiva. E isso fez Barto se interessar em levá-la.
- Como ousa falar deste modo na frente das visitas? Você não tem modos? – disse o dono do reformatório, a repreendendo.
- Como se chama, menina? – disse Bartolomé.
- Marianella. – disse ela.
- Não há dúvidas que é esta. Irei levá-la para a fundação.


Marianella se mostrou confusa, mas um pouco satisfeita por sair do reformatório.
Em lugar distante, Nicolas Bauer, um arqueólogo que estava numa viajem para estudar uma caverna misteriosa, estava escalando uma enorme montanha, até se encontrou com seu melhor amigo, Mogli, no topo desta. Ambos estavam estudando a área, mas aproveitaram a situação para se divertirem. Quem os acompanhou era o filho de Nico, Cristobál. Ele sempre acompanha o pai nas viagens e o admira muito. Acredita que a mãe está longe por estar muito doente, porém na verdade ela os abandonou. Os três são muito unidos, mas terão de parar o estudo arqueológico para irem à grande festa de noivado de Nico com Malvina, irmã de Barto, na mansão dos Bedoya Aguero. Estava tudo preparado para a viagem.
Enquanto isso, o Circo estava na cidade. Artistas muito talentosos expressam seus dons artísticos. Principalmente Céu Mágico, uma bailarina sonhadora, feliz e em busca de seus sonhos. Ela estava se apresentando lindamente, como se fosse um anjo, encantando à todos que a viam. A apresentação era belíssima, e ela cantou brilhantemente. Os órfãos da fundação de Barto foram ao circo para fazerem aquilo que o vilão os mandava fazer todos os dias: roubar. Esta era a dura vida das pobres crianças do orfanato. Enquanto as pessoas estavam encantadas com a apresentação de Céu, eles aproveitaram e pegaram o que podiam. Porém, Aleli, a menor, queria ver a bailarina. A menina acabou pegando um relógio de valor, mas tropeçou e foi descoberta. Então, inicia-se uma confusão no circo, pois as pessoas perceberam os roubos e tentaram pegar os órfãos, que fugiram. Com pena de Aleli, Céu a defendeu e a deixou fugir. A menina acabou por se perder do grupo. A confusão passou e tudo se acalmou. Na mansão dos Bedoya, Malvina estava impaciente e ansiosa com o noivado. Após ligar para Nico para acertar tudo, ela desceu a enorme escadaria da mansão para ver como estão indo os preparativos da festa. A moça encontrou seu irmão, Barto, chegando no lugar com Justina e Marianella. Malvina exibiu seu deslumbrante vestido roxo para todos, muito animada com seu noivado. Por outro lado, Barto apresentou Mar aos outros órfãos, Tacho, Rama e Leca, que haviam chegado após fugir do circo. A menina não se animou nem se enturmou muito com eles, por seu jeito um pouco agressivo de tratar as pessoas. Logo, Tina levou todos para almoçarem. Os órfãos ficaram preocupados com Aleli, já que esta se perdeu do grupo na confusão do circo. Mar se encontrou cada vez mais em um mundo um pouco diferente do que estava acostumada. E Justina fez questão de tornar a vida da garota um inferno, fazendo-a seguir todas as rígidas regras do local. E lhe deu um papel com as instruções. Mar se mostrou um pouco confusa ao vê-lo.


- Sabe ler, não é? – disse Rama, percebendo sua expressão.
- Er... Claro que sim! Acha que sou burra ou oquê?! – disse Marianella, tentando disfarçar.


Enquanto isso, Nico, Cristobal e Mogli chegaram à cidade e procuram a mansão de Malvina. Porém, no caminho, viram o circo e Cristobal pediu ao pai que o leve para ver o show. Nico não conseguiu dizer não e os três vão se divertir. E ficaram encantados com os artistas e seus talentos. Porém, Nicolas estava admirado mais do que os dois, por uma pessoa muito especial: a bailarina Céu Mágico. Ela, a estrela do show; e ele, o moço da platéia. Os palhaços o chamaram para uma brincadeira. Em um número de ilusionismo, Céu pegou o chapéu de Nico e fez sair de dentro dele duas pombas brancas, belíssimas, que voaram para a liberdade. O casal se vira frente-a-frente quando seus olhos deixaram de ver as pombas e trocaram olhares, encantados um com o outro. Logo, Céu anima o show e começou a cantar. Nico se contagiou e cantou junto com ela, formando um belo dueto. Todos se encantaram com a sintonia dos dois, que quase se beijam, mas são interrompidos, quando a bailarina desapareceu num número de mágica. A apresentação acabou e Nicolas perdeu Céu de vista. Na mansão, Justina levou Mar para o quarto e tomou seus pertences, que a menina trouxe do reformatório. Marianella brigou para conseguir suas coisas de volta, mas Tina afirmou que na fundação, “tudo é de todos”. Logo, Tacho, Rama e Leca conversaram com a novata, depois que a megera vai embora. Perto dali, Céu, após a última apresentação, decidiu ir embora do circo, para encontrar sua “identidade” e buscar pistas de sua origem. Estava tudo pronto para sua partida, ia com seu caminhão “Circo Mágico”, e se despediu de seus amigos artistas.


- Sentiremos sua falta, Céu. – disse um dos palhaços.
- Todos nós. Você foi muito especial em nossas vidas! – disse o outro palhaço.
- Ora, amigos! Não fiquem tristes, esta partida é necessária para eu me “encontrar”.. E além disso, sempre lembrarei de vocês com todo amor! Não se preocupem, eu estarei bem. – disse Céu, muito emocionada, chorando.
- O circo não será o mesmo sem você. Desejamos toda a sorte pra você, Céu Mágico. – disseram os dois.


A bailarina se despediu dos amigos e parte, chorando ao vê-los pela provável última vez. O que ela não sabia era que Aleli, a menina que se meteu em confusão no circo, foi atrás dela, se escondendo na bagagem do caminhão. E ao longo do caminho, Céu se sentiu sozinha, pensando em Nico, o moço que conheceu no show, e em seus problemas. Logo, escutou um choro e pára o veículo. A bailarina descobriu Aleli escondida no caminhão e as duas se conheceram, se tornando muito amigas. Enquanto isso, Tacho, Rama e Leca foram roubar a mando de Bartolomé novamente, desta vez em uma praça movimentada da cidade. Os meninos dançaram como se fossem artistas de rua, para aproveitarem a distração das pesssoas para poderem roubá-las. Em alguns momentos, alguém até dava um trocado de esmola, pensando que as crianças viviam na rua. Justina os supervisionava. Marianella ficou na fundação por ordem de Barto, que não queria que a menina soubesse ainda a verdade por trás do orfanato. Nico, Cristobal e Mogli chegaram até a praça e gostaram da dança dos órfãos. O caminhão de Céu chegou lá também e parou por problemas mecânicos. Céu e Aleli saíram do veículo e procuraram alguém para consertar. A menina reencontrou Rama, seu irmão, e os outros órfãos. Ela foi roubar com eles, e pegou a carteira de Nico, que estava se divertindo, sem ele ver. Céu percebeu o que Aleli fez e brigou com ela, tomando a carteira de sua mão. Nico percebeu que foi roubado e todos da praça se desesperaram, se dando conta que foram roubados também. Em meio à confusão, Nicolas viu Céu, e os dois se reconheceram, numa cena romântica. Porém, todo o clima foi quebrado quando Nico viu sua carteira nas mãos da ex-bailarina, achando que ela o roubou..


- Essa não é a minha carteira?! – disse ele, apontando para ela.
- Sim! Esta é a ladra! Peguem-na! – gritou Justina, disfarçando para que os órfãos não fossem descobertos.
- Não roubei! Por favor, acreditem! – disse Céu, que saiu correndo para fugir das pessoas furiosas.


Nico, Cristobal e Mogli correram atrás de Céu para recuperarem a carteira. A bailarina, desesperada, chegou até a mansão dos Bedoya, e reconheceu um símbolo da fundação, que é o mesmo símbolo gravado em seu broche, que guarda desde a infância, sendo uma das principais pistas de seu passado. A moça percebeu que o lugar tem uma sintonia estranha, que a fez pensar que foi pra lá que deve ir. Nico, Cris e Mogli quase a alcançaram. Porém, Céu, para fugir deles, escalou a grade da mansão e entrou lá escondida. Os três perderam-na de vista e desistiram de procurá-la. Enquanto isso, Tacho, Rama, Leca e Aleli voltaram para a fundação junto com Justina, que contou o dinheiro roubado. Os preparativos da festa estavam todos prontos. Malvina apareceu e fez piadas sem graça com os órfãos, tratando-os mal. A megera proibiu todos de aparecerem na festa, e implicou com Marianella, que a ignorou. Malvina pegou a garota pelos cabelos.


- A menina rebelde e surda escutou bem o que eu disse?! – disse ela.
- Não me toque! – disse Mar, furiosa, e joga um ovo quebrado na roupa da megera.
Com raiva, Malvina deu um tapa na cara da garota, que revidou e lhe deu um soco bem dado na cara, fazendo-a desmaiar. Os outros órfãos se surpreenderam.
- Você a matou... – disse Leca, espantado.


Mar se surpreendeu com sua força. Eles planejaram esconder Malvina desmaiada no bolo de papelão que seria usado na festa por uma dançarina, para que Barto e Tina não descobrissem o que aconteceu. A festa de noivado começou e o lugar fica cheio de pessoas bem vestidas e mascaradas. Nico chegou, com sua fantasia de nobre, junto com Crístobal e Mogli. Céu entra na mansão pela janela do quarto e vê o vestido de noivado. Ela se encanta pela roupa e veste-a, para ver como fica. Barto a vê e pensa que é Malvina, levando-a para a festa. Para não ser pega, Marianella decide fugir da fundação. Ela pula o muro e sai correndo, se atrapalha e acaba caindo numa fonte. Alguém lhe estende mão. É Thiago, o filho de Bartolomé, que veio de Londres. Ele a ajuda a levantar e os dois se olham apaixonados. Na mansão, Barto leva Céu para a festa e a apresenta aos convidados. Porém, um clima romântico começa quando Céu, mascarada, reencontra Nico. Ele acha que é Malvina e os dois dançam. Mal sabe que é a moça que encontrou no circo

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